É importante avaliar o impacto e os custos subjacentes a cada opção de desenvolvimento, bem como criar as condições para a implementação das medidas tendentes a garantirem a soberania tecnológica.
Dentro deste estudo que estamos a apresentar nesta série de 6 artigos, sempre se faz importante as recomendações finais, que estão aberta a um aprofundamento, contudo dentro da melhores práticas mundiais adequadas a nossa realidade, descrevo estas 8 recomendações:
- Validar preliminarmente os cenários apresentados: Com certeza a validação de todos os cenários apresentados, buscando verificar e olhar com olhos optimistas, mas também de auditores, para que possamos obter qualidade em nossos resultados, porém é sempre interessante não paralisarmos o andamento do processo.
- Aprofundar os cenários apresentados e o seu impacto: Não há dúvida da necessidade de aprofundar o estudo, com apoio de especialistas e debates produtivos e não redundantes. O Planeamento, sempre deve ser precedido de acção para se obter resultado. Não podemos ficar no mundo dos planos, sem a devida acção.
- Definir os Sistemas Chave do Estado e recolher informação de base sobre a sua gestão e desenvolvimento: Os sistemas pilares do Estado devem obter maior atenção e cuidado, por tanto defini-los e criar departamentos ou equipas que possam responder adequadamente pelos mesmos.
- Avaliar cada um dos cenários em termos legais, operacionais e financeiros: Ao longo dos anos fizemos a aquisição e a implementação de muitos sistemas e também termos legais, legislações e outros, que devem ser revistos e observar se não possuem sobreposições ou conflitos.
- Definir Objectivos Concretos, um Plano de Acção e um Orçamento para o desenvolvimento das Medidas Chave para Garantir a Soberania Tecnológica: Não há como desenvolver ou evoluir qualquer área de um governo ou país, se não for implantado através de Processos –> Indicadores –> Metas –> Objectivos Claros, com isso podemos acompanhar e medir sucessos e fracassos a serem corrigidos.
- Obter aprovação política final: Todo projecto de grande transversalidade e impacto dentro do governo, deve ter uma aprovação política de alto nivel por isso se faz necessário o engajamento de todos na mesma direcção.
- Identificar as entidades privadas envolvidas e iniciar um processo negocial: Em algumas áreas do processo de desenvolvimento e implementação de tecnologias governamentais administrativas avançadas, necessitamos do sector privado, por isso realizar através de concursos ou outros formatos o processo negocial.
- Implementar a solução aprovada politicamente e negociada com os principais parceiros: Por fim, implementar a solução e principalmente estar presente plenamente nos campos de supervisão e auditoria, para termos as soluções contratadas devidamente entregues.
No próximo artigo vou apresentar alguns cases de sucesso, neste quesito de implementação da soberania tecnológica, sempre buscando observar as boas práticas e adequar a nossa realidade, somente assim teremos sucesso. Não podemos comprar soluções “enlatadas” que não realizam transferência de conhecimento e que nos deixam dependentes eternamente.
Aqui abaixo os links dos artigos anteriores
Governação Electrónica – Uma Visão de Futuro (Parte 1 de 6)
Tendências e Casos Internacionais de Referência (Parte 2 de 6)
Quais as Melhores Opções de Desenvolvimento das TICs em Angola (Parte 3 de 6)
Quais as Formas Complementares de Garantir a Soberania Tecnológica (Parte 4 de 6)
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