25/05/2007

INTRODUÇÃO
Eu, Pedro Teta, vice-ministro angolano da Ciência e Tecnologia, apresento este artigo que reflete minha experiência como presidente da Comissão da Ciência e Tecnologia das Nações Unidas durante os últimos dois anos. Neste texto, compartilho minhas reflexões sobre os desafios e as conquistas no desenvolvimento do sector científico e tecnológico em África.
Durante meu mandato, tive a oportunidade de liderar importantes debates em Genebra, Suíça, onde representantes de países-membros da Comissão discutiram estratégias inovadoras para o desenvolvimento de centros de pesquisa e formação nos países em desenvolvimento. Como parte do Conselho Económico e Social da ONU (Ecosoc), nossa comissão, composta por 43 países, incluindo 11 nações africanas, tem a responsabilidade de monitorar a implementação das decisões tomadas na Cimeira Mundial sobre Ciência e Tecnologia.
Neste artigo, apresento um balanço do meu mandato, destacando o crescimento da representatividade africana na Comissão e abordando questões cruciais como a escassez de recursos humanos, a fuga de cérebros e os desafios de financiamento que enfrentamos no continente africano. Compartilho também minha visão sobre a necessidade urgente de investimentos nas áreas tecnológicas para que a África possa alcançar seu pleno potencial de desenvolvimento.
CIÊNCIA E TECNOLOGIA
O vice-ministro angolano da Ciência e Tecnologia, Pedro Teta, nesta entrevista à Rádio ONU, fala sobre o que os países africanos devem fazer para ultrapassar as barreiras e desenvolver o sector. Nos últimos dois anos, ele presidiu a Comissão da Ciência e Tecnologia das Nações Unidas. Representantes de países-membros da Comissão da Ciência e Tecnologia da ONU debateram em Genebra, Suíça, novas formas de desenvolver centros de pesquisa e formação nos países em desenvolvimento.
A comissão que é parte do Conselho Económico e Social da ONU, Ecosoc, é integrada por 43 países, entre eles 11 do continente africano, e tem entre suas tarefas monitorar a implementação das decisões da Cimeira Mundial sobre Ciência e Tecnologia.
O encontro serviu também para analisar o desempenho do centro de pesquisas das Nações Unidas.
Rádio ONU conversou com Pedro Teta, vice-ministro angolano da Ciência e Tecnologia, e presidente cessante da Comissão da Ciência e Tecnologia da ONU, que fez um balanço do seu mandato.
“A Comissão tinha 33 membros e agora ganhou mais 10. A África tinha três e agora possui 10 assentos na Comissão, que passou a ter maior visibilidade no sistema das Nações Unidas”, disse.
Teta se referiu ainda aos problemas que o continente enfrenta com escassez de recursos humanos e com a chamada fuga de cérebros.
“Outra questão é o tipo de formação que nós temos no continente. Muitas vezes, investimos mais nas áreas sociais em detrimento das áreas tecnológicas. Enquanto a África não tiver recursos e financiamento suficiente para investir na ciência e tecnologia, o continente africano ficará condenado a ficar com a mão estendida em detrimento de outros continentes que dão saltos fantásticos”, afirmou.
Palavras-chave: Ciência e Tecnologia; Angola; Nações Unidas; Desenvolvimento Africano; Comissão da ONU; Recursos Humanos; Investimento Tecnológico; Fuga de Cérebros; Formação Científica; Cooperação Internacional.
Palavra-chave principal: Ciência e Tecnologia em África.
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